quinta-feira, 5 de junho de 2014

Fontes

http://pt.wikipedia.org/wiki/Campinas
http://pt.wikipedia.org/wiki/Ouro_Preto
http://pt.wikipedia.org/wiki/Sousas
http://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2012/11/teatro-castro-mendes-em-campinas-reinaugura-apos-ficar-5-anos-fechado.html
http://www.brasilescola.com/datas-comemorativas/ouro-pretopatrimonio-historico-humanidade.htm

quarta-feira, 4 de junho de 2014

O veredito

Campinas e Ouro Preto são cidade com muitas diferenças, Ouro Preto é uma cidade mais velha, é um patrimônio histórico, a principal atividade econômica no brasil colonial era o extrativismo, principalmente o de Ouro, antigamente chamada de Vila Rica, por esse mesmo motivo, e hoje Ouro Preto pois o ouro era encontrado com minério de ferro, que tem uma cor escura. Nessa época tornou essa região conhecida como triangulo minério o lugar mais importante do Brasil, toda a atenção estava nessa região, por causa disso ela é um dos lugares que mais possui barrocos, pois a cidade era tão rica, que era investido nos artistas para eles embelezaram a cidade, possuindo igreja belíssimas ricas em detalhes e ouro. Campinas já teve uma historia completamente diferente, era uma parada de bandeirantes, depois teve como atividade econômica a cana-de-açúcar e o café, que fez com que a cidade ficasse rica, não tanto quanto Ouro Preto; porém um surto de febre amarela fez ela regredir, então Campinas não é um local com obras barrocas ou de outro tipo, não foram feitos investimentos em artistas e além disso a cidade hoje é completamente diferente do que era a 100 anos atras, ela se desenvolveu e o espaço também, possuindo inúmeros prédios e residencias, com apenas alguns pontos com obras antigas como a Igreja Matriz, a Tulha, uma casa antiga.
Como visto Ouro Preto é uma cidade que preserva seu passado, como outro cidades de Minas Gerais, parecendo que estamos no seculo XIX, com casas completamente diferente do que vemos em Campinas um local que não se importou com seu passado e mudou totalmente seu espaço, não preservando quase nada antigo.
Portanto como são cidades com características opostas, a vida na cidade de Ouro Preto é pacata, sem muito transito, problemas, tecnologia, todos utilizam as praças como um local de lazer, andam a pé pela cidade, não possuem os problemas da cidade grande, que Campinas possui, onde tem que ter paciência para andar na rua, pois quase sempre esta congestionado, tudo é feito corrido, quase nunca são utilizados os espaços públicos, apenas em finais de semana e a tecnologia é utilizada por todos. Assim podemos dizer que Campinas e Ouro Preto são cidades opostas, uma ainda tem uma vida pacata, construções do século XIX, pouco uso de tecnologia, sem problema de mobilidade, já Campinas tudo ao contrario, vida movimentada, construções novas, usa constante de tecnologia e um grande problema de mobilidade urbana, uma cidade se importa e tem orgulho de seu passado a outra porem só se importa com o futuro.

Vista de Ouro Preto
Vista de Campinas

A cidade rica em ouro e arte

A cidade de Ouro Preto é um patrimônio histórico mundial, por ser uma cidade com bastante obras barrocos, possuindo 10 igrejas, passos que representam a paixão de Jesus Cristo, 9 museus, 2 oratórios,chafarizes, fontes e mirantes. A arquitetura das obras em Ouro Preto é rica em detalhes do estilo barroco, com várias formas deformadas ou com curvas e pouca presença de linhas retas, assim como o detalhamento em ouro dos altares presentes dentro de sua estrutura. O altar-mor da igreja Matriz da Nossa Senhora do Pilar foi considerado uma obra prima do gênero, pois além de ter uma aparência de teatro europeu, possui muito detalhamento e diferenças nas figuras angelicais, recebendo vários detalhes em ouro, o que mostrava a riqueza que esteve presente em Ouro Preto. A Igreja recebeu o título conferido pelo Papa de Basílica menor, pelo seu destaque artístico, religioso e histórico, atualmente também sendo famosa pelo seu Museu de Arte Sacra do Pilar, localizada no interior da igreja, reunindo mais de 8 mil peças históricas entre os séculos XVII e XIX, além de documentos e vestimentas usadas pelos clérigos na celebração da Semana Santa e do Santíssimo Sacramento. A fundação da igreja deveu-se a união de diversas irmandades ligadas a religião cristã, que se ajudaram para financiar a construção do monumento. Cada irmandade tinha espaço reservado para o próprio altar sendo a capela-mor de privilegio a padroeira da N.S. do Pilar, representando a hierarquia social dos fiéis, além disso haviam um lugar especifico para os negros sentarem, separados dos outro. O ouro do detalhamento está ligado a grande quantidade extraída na região pelos mineradores os quais muitos eram membros dessas irmandades e queriam contribuir para a construção de uma igreja para poder ter um espaço compartilhado com outros membros de sua própria crença.
Interior da Igreja Matriz da Nossa Senhora do Pilar
Exterior da Igreja Matriz da Nossa Senhora do Pilar

Diferenças do espaço e da rotina

Campinas e Ouro Preto são duas cidades que se diferenciam em vários pontos, sejam eles o seu passado histórico ou então o modo de vida que os moradores desses lugares possuem. A partir da observação da paisagem urbana dessas áreas, percebe-se que elas possuem diferentes tipos de urbanização. Ouro Preto é um local em que o espaço urbano não foi modernizado com o tempo; suas ruas são feitas de pedras que foram retiradas do fundo de rios, não são asfaltadas e por isso são conhecidas por serem complicadas de se andar, por conta da irregularidade do piso. Os muros não são feitos de tijolos e nem argamassa, os construtores usavam terra, sangue de animais, folhas e em alguns casos um tipo de gordura animal, que acabava por impermeabilizar as paredes, a massa feita desses materiais era empilhada e muita pressão era posta sobre as camadas para elas permanecerem rígidas. As casas indicam a que classe social a pessoa pertencia, os mais ricos possuíam as casas com eiras, beiras e, em grandes casos, tribeiras, enquanto os mais pobres não possuíam tal ornamento em sua moradia; janelas grandes e pequeninas varandas (onde só cabiam um vaso de flor) também fazem parte da antiga arquitetura da cidade. Os moradores de Ouro Preto costumam andar a pé, ou então usam o serviço público de transporte, como os ônibus; carros estão pelas ruas mas não são tão frequentes como em Campinas.
Vista de prédios

Trevo próximo ao Notre Dame

Em Campinas as coisas são bastante diferentes, as ruas são asfaltadas, mas pode-se ver ainda alguns lugares em que usa-se o paralelepípedo. Além disso, a cidade possui grandes rodovias que ligam as cidades uma as outras, sendo estas bastante movimentadas e com fiscalização. Além das casas, pode-se ver os edifícios residências e comercias (com vários andares) que não são presentes em Ouro Preto. Na maioria dos casos, as pessoas optam por morar em condomínios fechados que formam enclaves fortificados, que passam segurança para seus usuários; as casas e prédios são feitos de tijolos e argamassa tendo uma estrutura muito mais rígida e segura, e acaba por ser mais fácil de serem construídas. Os mercados existentes em Ouro Preto, em Campinas se transformam em grandes supermercados que concentram tudo que o consumidor deseja, desde alimentos até produtos de higiene e limpeza.

A rotina dos moradores dessas cidades são diferenciadas, em Ouro Preto os trabalhadores costumam sair de casa e ir até seu estabelecimento (a pé ou de ônibus), no final do dia eles voltam e passam por locais públicos, e estão sempre estabelecendo contato entre as pessoas nas ruas; quando precisam comprar algo, vão a pé até o mercadinho e voltam para casa; a tecnologia não é tão presente assim como em Campinas, mas é isso o que torna a cidade Ouro Preto diferente das demais. Em Campinas, os serviços e estabelecimento são mais afastados, portanto automóveis, sejam eles particulares ou públicos, são a melhor opção; os condomínios e shoppings são seguros e satisfazem seus usuários; as pessoas não estabelecem tanto contato entre as pessoas e fazem maior uso da tecnologia, em suas casas ou nas ruas.

Condomínio Arboreto dos Jequitibás em Souzas

Rua em Ouro Preto com casa com Eira e Beira


Entrevista a moradora de Ouro Preto

Em entrevista com uma moradora local da cidade de Ouro Preto, pode-se perceber que apesar de toda a beleza que a região possui e mesmo ela sendo considerada um patrimônio histórico, tombado, algumas pessoas surpreendem com pensamentos sobre a cidade em que vivem. Maria Lúcia, moradora a 25 anos de Ouro Preto, responde ao pequeno questionário que segue abaixo.
Qual a sua profissão atual?
Maria Lúcia – Hoje eu trabalho como atendente em uma loja de doces, que os turistas e moradores adoram.
Como a senhora se locomove pela cidade?
Maria Lúcia – Uso o ônibus para me levar de casa até onde trabalho.
Quais lugares a senhora costuma frequentar em sua cidade?
Maria Lúcia – Eu costumo frequentar lugares com uma “boa vibração”, locais em que podemos relaxar e curtir um tempo com a família e amigos. Geralmente vou ao Satélite que é uma pizzaria, bar e lanchonete aqui de Ouro Preto, é um bom lugar para quando se sai de um dia longo de trabalho.
A senhora frequenta alguma praça ou outro tipo de local público?
Maria Lúcia – Alguma vezes eu frequentei a UFOP (Universidade Federal de Ouro Preto), é um espaço muito bom, ainda que precise de algumas reformas ou expansões. A biblioteca é muito interessante, mas fui lá poucas vezes.
A cidade possui algum tipo de evento especial?
Maria Lúcia – Ouro Preto possui dois eventos de que eu possa me lembrar e dos quais eu gosto. Um deles é o festival de inverno que faz entre muitas de suas atrações, a apresentação de shows e musicas bem animadas. O festival de cinema é outro que me agrada muito, as pessoas tem a oportunidade de aproveitar os filmes e ter momentos bacanas com os outros. Esses eventos na maioria das vezes atraem muitas pessoas, e geralmente os hotéis ficam “lotados”, a cidade fica mais viva; mas eu nem sempre gosto de que tenha um pessoal muito grande, já que tudo acaba ficando um pouquinho mais estressante.
Você tem orgulho da sua cidade?
Maria Lúcia – Não, eu não tenho orgulho da cidade em que moro. É uma cidade “carregada”, triste e sofrida, principalmente por conta de seu passado.
Qual o ponto positivo e o negativo da cidade?
Maria Lúcia – Para mim o ponto positivo são todos esses eventos que a cidade tem, além de toda a sua beleza natural e os estilos das casas e ruas, mas como eu já disse antes, a cidade tem muitos pontos negativos também. Eu vejo Ouro Preto como o que aconteceu no passado da cidade; houve muita exploração não só das pedras e do ouro, mas também dos escravos, e para mim isso tudo traz um “ar” carregado para os dias de hoje. Eu penso que eu estou vivendo em um lugar onde muitos já sofreram e por isso não me sinto totalmente bem. Se não fosse pelos meu filhos, eu já teria me mudado de Ouro Preto.
A senhora gostaria de visitar outras cidades brasileiras?
Maria Lúcia – Muitos colegas falam sobre Ipatinga e por isso sinto vontade de ir para lá.
Defina sua cidade em uma frase.
Maria Lúcia – Ouro Preto, bonita para visitar e passear, não para morar.
A entrevista revela como o passado histórico de Ouro Preto foi um grande exemplo de sofrimento e exploração, e que existem pessoas que não se sentem a vontade com tudo isso. Porém pode-se perceber também, que a cidade possui seus pontos positivos, principalmente do ponto de vista da arte e da cultura. A religião para a cidade é muito importante, assim como suas obras artísticas e é isso que torna a antiga Vila Rica, um local tão belo e impressionante.

Por ser uma cidade aparentemente pequena, onde os estabelecimentos são próximos, assim como a população, muitos pensam que as notícias chegam rapidamente até todos, mas pelo que se pode notar, isso não funciona exatamente assim. Ao perguntar para os moradores de Ouro Preto se eles sabiam sobre a greve que estava acontecendo no Museu da Inconfidência, a maioria das pessoas (moradores) não sabiam sobre ela. Para alguém de fora da cidade, ou seja, um turista, parece que não há grande incentivo para a conscientização da população sobre os assuntos que rodeiam a cidade, e isso pode mostrar que mesmo sendo uma cidade que possui um papel importante e que recebe um grande número de pessoas, ainda existe uma falta de organização, assim como acontece nas grandes cidades e centros urbanos.

terça-feira, 3 de junho de 2014

Os espaços publicos

Os espaços públicos de Campinas e Ouro Preto possuem características bastante diferentes, as ruas de Campinas são feitas de paralelepípedo as de Ouro Preto como são mais velhas são feitas de pedra de forma irregular e mais desorganizadas. Em Campinas existem diversas praças como a Praça Carlos Gomes ele é frequentada de fim de semana geralmente, já as de Ouro Preto são bastantes visitadas a semana inteira, as pessoas de lá descansam, passeiam pela praça é um espaço de lazer.

Praça Carlos Gomes

Praça Tiradentes
Como pode ser visto nas fotos a praça Carlos Gomes esta vazia, não é muito utilizada já a de Ouro Preto esta com muitas pessoas e carros e ao fundo o museu da inconfidência, pois o local é um ponto turístico e a população tem como costume usar os espaços públicos como um local de lazer, todos na cidade se conhecem, cumprimentam os outros quando se encontram na rua, aos finais de semana vão se encontrar em praças, acontecem shows, diferente do que aconteceu em Campinas atualmente, as praças são esquecidas, alguns espaços públicos são frequentados como o centro de convivência, porem a maioria das pessoas vai ao shopping e seu povo não é tão unido com o de Ouro Preto.
Outra diferença é que o espaço publico de Campinas não é tão bem cuidado como o de Ouro Preto, lá há segurança nos centros históricos e espaços públicos para que não haja a depredação, em nossa estadia por la, enquanto estávamos em Congonhas no Santuário de Bom Jesus de Matosinhos, um guardo veio pedir para que alguns alunos não sentassem na "mureta", mostrando que lá eles tem bastante cuidado com esses lugares, já aqui em Campinas é comum sair nos jornais que algum espaço publico foi depredado ou não foi cuidado, como o que aconteceu com o Teatro Castro Mendes, que ficou fechado por 5 anos por falta de condições estruturais.
Teatro Castro Mendes em Campinas após ser reinaugurado

Ocupação do solo, Diferenças e Semelhanças

Durante o século de XVIII, alguns fazendeiros vieram paras algumas cidades paulistas, incluindo Campinas, a fim de plantar a cana-de-açúcar e montar na região engenhos para a produção do açúcar. A mão-de-obra utilizada era a de escravos e a produção do açúcar, que era principal atividade econômica, continuou até o final deste século, sendo mais tarde, substituído pelas plantações de café. Com o rápido avanço das lavouras cafeeiras, houve também uma pequena modernização principalmente nas áreas de transporte de materiais e mão-de-obra. Na região próxima as fazendas, começaram a surgir vilas e dessa maneira a cidade foi se formando. Por esses motivos, pode-se dizer que a cidade de Campinas não foi planejada, assim como a cidade de Ouro Preto em Minas Gerais, onde se teve maior importância para extração de ouro.

Cidade de Ouro Preto em 1888

Mapa de Campinas em 1900

Ouro Preto, ex-Vila Rica, foi uma cidade que se formou a com a fusão de arraiais de bandeirantes paulistas que buscavam o ouro encontrado nos rios da região, assim como vários nativos para serem escravizados e usados como mão-de-obra. Essa junção originou a cidade de Vila Rica, recebendo esse nome pela grande quantidade de ouro encontrada na área da vila. Por ter se formado com a união dessas pequenas vilas é correto afirmar que a cidade não teve nenhum planejamento, no entanto, pode-se perceber um agrupamento de moradias no entorno das igrejas que ali foram construídas.


Observando os mapas das cidades acima, percebe-se que a cidade de Campinas apesar de não ter planejamento, possui certa organização quando comparada com Ouro Preto. O agrupamento de moradias, se forma entre as áreas mais elevadas, já que o relevo não permite que a cidade tenha uma boa organização, como mostra o primeiro mapa.